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“A Nossa Cultura Sai à Rua” em destaque nas Jornadas Europeias do Património

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23, 24 e 25 de setembro

O Município de Portimão associa-se mais uma vez às Jornadas Europeias do Património e preparou para o período entre 23 e 25 de setembro um conjunto de iniciativas, com destaque para o já habitual evento “A Nossa Cultura Sai à Rua”, centrado na Mexilhoeira Grande, e para a exposição “Água é Vida”, de Gudrun Bartels, patente no Museu de Portimão, que nestes três dias tem entrada gratuita, o mesmo sucedendo com o Centro de Acolhimento e Interpretação dos Monumentos Megalíticos de Alcalar.

Este ano sob o lema “Património Sustentável”, as Jornadas serão marcadas pela oitava edição da iniciativa “A Nossa Cultura Sai à Rua” na Mexilhoeira Grande”, que arranca às 9h30 de 24 de setembro, com um passeio pelo património natural e vida selvagem da Ria de Alvor, a partir da Espargueira – Quinta da Rocha, local do ponto de partida. A inscrição é prévia e obrigatória, devendo ser feita através do email Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.

Entre as 16h30 e as 23h00, poderão ser desfrutados ao vivo as artes, os saberes e os sabores da Mexilhoeira Grande no adro da igreja da vila, fazendo parte das propostas uma mostra de produtos alimentares, doçaria e artesanato, onde serão exibidas algumas das principais atividades de cariz rural do concelho de Portimão.

Não faltarão os jogos tradicionais, como a macaca, o pião, o berlinde, o jogo do burro e o lencinho da botica, podendo os visitantes participar igualmente em diversas oficinas, aprendendo a fazer brinquedos de outros tempos, como é a construção em taipa e a empreita, ou a confecionar passarinhos de pão doce.

Poderão também assistir à construção de carrinhos de rolamentos, no âmbito da 5ª Corrida de Carrinhos de Rolamentos da Mexilhoeira Grande, que se realizará nos dias 1 e 2 de outubro e cujas inscrições devem ser feitas até 30 de setembro, através do email Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.

O programa inclui ainda um percurso cultural pelo interior rural do concelho de Portimão, na zona da Senhora do Verde, marcado para a tarde desse dia e com uma extensão aproximada de 4km.

Os participantes na caminhada terão a oportunidade de conhecer a fauna e flora autóctone e apreciar as intervenções artísticas organizadas pela Dancenema e interpretadas pela companhia de dança desta associação cultural, pela cantora Filipa Sousa, pelo violinista João Cunha e pelo Grupo de Animação da Sociedade Filarmónica Portimonense. Este Percurso Cultural é realizado no âmbito do Programa de Apoio à Ação Cultural no Algarve (PAACA), promovido pela Direção Regional de Cultura do Algarve.

Com ponto de encontro agendado para as 17h00 na antiga Escola Primária da Senhora do Verde, os interessados terão de efetuar inscrição prévia para o telemóvel 961 891 952 ou para o email Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar..

Em termos da animação musical, que tem diversos momentos, merece referência especial o espetáculo de vídeo dança em formato digital “Milho-Rei”, que será projetado na torre da Igreja da Mexilhoeira Grande e que tem início às 19h45, no qual a associação Dancenema retrata o património cultural e as artes e ofícios rurais do concelho de Portimão, através de coreografias de dança contemporânea.

Neste trabalho coreográfico, que mescla dança e arte digital, são simbolizados aspetos da agricultura antiga e da desfolhada - tradição cultural praticada outrora no concelho de Portimão, agora em vias de extinção, sendo ressaltada a lenda da Senhora do Verde, como entidade protetora da agricultura, terra e água.

A noite encerrará com uma desfolhada à moda antiga, que se constituirá como convívio intergeracional, na expetativa de ser encontrado o ‘milho-rei’, maçaroca de milho vermelho que, segundo a tradição, implica dar um abraço e um beijo a todos os participantes na roda.

Promover os sabores e saberes locais

Na sequência da projeção que este conjunto de eventos vem conquistando ao longo dos anos, sobretudo no que diz respeito à promoção dos produtos e produtores da freguesia, está em adiantada fase de elaboração o projeto “Mexilhoeira Grande – Promoção e divulgação das atividades e sabores tradicionais”.

Como a designação indica, este projeto visa a criação e regulamentação de uma rede de trabalho comum e respetivo rótulo identitário a utilizar no circuito comercial e turístico regional, como meio de perpetuar e transmitir os saberes mexilhoeirenses, valorizando a sua sustentabilidade no âmbito das produções locais e capacitando a comunidade para transmitir os respetivos valores aos mais jovens.

Entre as diversas atividades previstas, figuram ações de sensibilização, formação e qualificação dos produtores, artesãos e doceiros, bem como a realização de debates e workshops, estando igualmente contemplados os roteiros temáticos em torno da agricultura, do artesanato local, e dos produtos alimentares, como o pão, o mel, o vinho, ou a aguardente.

Toda esta programação, organizada pelo Município de Portimão, foi produzida e implementada pelo Museu de Portimão e Junta de Freguesia da Mexilhoeira Grande, em parceria com as associações locais Grão de Areia, A Rocha, a Sociedade Recreativa Figueirense, Clube de Instrução e Recreio Mexilhoeirense, a Paróquia da Nossa Senhora da Assunção da Mexilhoeira Grande e a Santa Casa da Misericórdia da Mexilhoeira Grande, além do apoio da comunidade local, entre particulares e comerciantes.

Pinturas por um futuro sustentável e resiliente

Também no âmbito das Jornadas Europeias do Património, poderá ser vista a partir de 23 de setembro no Museu de Portimão a exposição “Água é Vida”, que reúne pinturas da artista alemã Gudrun Bartels, expostas até 13 de novembro próximo.

Durante os meses de inverno, a pintora vive e trabalha no Algarve e pretende com os seus quadros estimular a reflexão sobre um futuro mais sustentável e resiliente, no contexto das alterações climáticas e da degradação ambiental.

O seu trabalho é muito influenciado pelo mar, com fluxos e refluxos, ondas, vento, cheiros, sons e o horizonte, combinando tintas a óleo e acrílicas com giz e pigmentos, onde predomina o azul e suas matizes.

Por fim, e para assinalar simbolicamente as Jornadas, nos dias 23, 24 e 25 de setembro, as portas do Museu de Portimão e do Centro de Acolhimento e Interpretação dos Monumentos Megalíticos de Alcalar estarão abertas a todos os visitantes, que não necessitam adquirir ingresso.


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