Arquivo de memórias
O Centro de Documentação e Arquivo Histórico é um serviço público do Município de Portimão, integrado no Museu desta cidade, que tem por missão salvaguardar, organizar e difundir a informação que permita a apreensão global e cronológica das temáticas históricas e realidades político-económicas, sociais e culturais do Município de Portimão e do Algarve.
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A planta de um dos seus cercos a vapor o “Portugal 9”, desenhada pelo seu litógrafo Humberto Martins, mostra-nos os detalhes de como era constituída a estrutura desse tipo de embarcações, tão decisivas na pesca da sardinha para as suas fábricas de conservas.
O artigo intitulado “Um melhoramento” com direito a fotografia, referia a grande importância para a cidade dessa iniciativa, levada a cabo pela “Empresa Orquesta Semifúsica”, salientando a comodidade das instalações, a segurança e a qualidade do sistema de projeção e som. De acordo com o articulista, três coisas se notavam a partir desta primeira sessão :”Já não há fumadores na sala e há intervalos, a geral não se manifesta clamorosamente como em tempos idos”.
O seu primeiro proprietário Rodolfo Torres, nele desenvolveu no final do séc. XIX, actividades ligada à indústria conserveira e à estiva de peixe, bem como à preparação de rolhas de cortiça, situação que acabaria por conferir ao imóvel desde a sua origem, uma vocação e um destino fabril, a qual seria igualmente prosseguida e ampliada com os novos proprietários, pertencentes à família Feu, antes da sua transformação no Museu de Portimão, inaugurado em 2008.
Em Janeiro de 1936, realizou-se em Lisboa o 1º Congresso Nacional do Turismo, no qual seria apresentada a tese “Memória Justificativa dum Plano de Melhoramentos na Praia da Rocha”, pelo portimonense Dr.º Frederico Ramos Mendes, que anos mais tarde entre 1940 e 1946, viria a desempenhar o cargo de Presidente da Câmara Municipal de Portimão.
Consulte aqui este curioso documento: Congresso Nacional do Turismo
Com encenação de João Tavares e cenários de Júlio Bernardo, nela participaram conhecidos portimonenses, amantes de teatro, que quiseram deste modo prestar um merecido tributo a M.Teixeira Gomes e à sua faceta de escritor.
Centro Documentação e Arquivo Histórico
Do desenho para o estaleiro, do estaleiro para o mar
Portimão, cobre-se de neve?
A inauguração do Cine-Teatro de Portimão
Estes tempos idos referem-se naturalmente aos momentos vividos no antigo “Barracão do Provisório”, como era designado o antigo cinema que, desde 1909, existia praça Visconde Bivar, entre o rio e o edifício da Viscondessa de Alvor, sendo posteriormente demolido para dar lugar às obras do aterro, daquela zona da cidade.
Da fábrica de conservas à fábrica de histórias
Como se pode observar na planta de 1936, para além da própria área destinada ao fabrico das conservas ou “Secção do Cheio”, junto ao rio Arade ,existia do outro lado da rua a chamada “Secção do Vazio”, onde se situava a litografia para a impressão e fabrico das latas em folha-de-flandres e todas as outras oficinas de apoio como serralharia, carpintaria, fundição e central elétrica.
Congresso Nacional de Turismo
1ª representação teatral da Sabina Freire
Na foto, tirada na noite da estreia por Júlio Bernardo, pode-se ver em cena, da esquerda para a direita, Milton de Brito, Rolando Tavares, António Jorge, António da Silva e Ana Rosa, uma das filhas de M. Teixeira Gomes. Ao fundo em segundo plano Carlos Jorge e Maria Fernanda Correia no papel de Sabina Freire.