Arquivo de memórias
Pode consultar a colecção completa no Centro de Documentação e Arquivo Histórico do Museu de Portimão.
Seria a partir de 1918 que, do edifício da Central Elétrica construído no cais de Portimão, junto da ponte rodoviária, os espanhóis da Sociedade de Electricidade J.Valverde e Cª, de Vigo iriam começar a fornecer a eletricidade para iluminar as noites escuras de Portimão.
Natural de Portimão, Maria de Vale Cartaxo ofereceu ao arquivo de memórias do Museu, um documento original relacionado com uma bizarra “Licença anual para uso de Acendedores e Isqueiros” que esteve em vigor em Portugal, durante o regime de Salazar, desde novembro de 1937 até maio de 1970.
Era essa a notícia dada pelo Comércio de Portimão, em Junho de 1945, quatro dias antes de se iniciarem as carreiras de camionetas, da antiga empresa Castelo e Caçorino, entre Portimão e a Praia da Rocha, que todos os dias "abalavam " do Largo do Dique até à Fortaleza de Santa Catarina.
O Casino, inaugurado ainda nesse ano, antes da revolução republicana, revelaria-se como o grande pólo de animação cultural e recreativa daquela zona, recebendo performances de artistas dos mais variados géneros e nacionalidades, pensando não só nos turistas locais, mas também nos espanhóis e ingleses que já nos visitavam nessa altura. Em 1915 acolhe as sessões do 1º Congresso Regional Algarvio, momento fundador das discussões regionalistas no Algarve e em Portugal.
Antes de mudar de nome para “Pastelaria Arade” e de novos proprietários em junho de 2004, seria perto da Papelaria Algarve que o seu proprietário António Pedro Carneiro de Almeida, instalaria o primeiro estabelecimento para, finalmente em 1935, se fixar definitivamente na antiga Praça do Município, hoje Largo 1º de Dezembro, frente ao jardim aí existente.
Os seus efeitos fizeram sentir-se com particular intensidade no barlavento algarvio. Em Portimão, diversas casas ruíram e outras ficaram severamente danificadas.
Mas o Hotel Sansão haveria de continuar a manter a sua ligação com o setor hoteleiro em Portimão, embora mais tarde se passasse a chamar Hotel Central e posteriormente Pensão Central, antes de encerrar definitivamente e dar lugar, no Largo 1º de dezembro, ao atual edifício de habitação e agência bancária.
No arquivo do Portimonense encontramos uma interessante fotografia, datada de 1947, da sua equipa principal e do equipamento usado nessa época.
Estávamos em plena 1ª República e, em 16 de Março de 1913, o jornal “Algarve” referindo-se aos “Melhoramentos de Portimão”, noticiava a aprovação do orçamento destinado ao novo mercado e também à ampliação do cemitério.
Com encenação de João Tavares e cenários de Júlio Bernardo, nela participaram conhecidos portimonenses, amantes de teatro, que quiseram deste modo prestar um merecido tributo a M.Teixeira Gomes e à sua faceta de escritor.
Em Janeiro de 1936, realizou-se em Lisboa o 1º Congresso Nacional do Turismo, no qual seria apresentada a tese “Memória Justificativa dum Plano de Melhoramentos na Praia da Rocha”, pelo portimonense Dr.º Frederico Ramos Mendes, que anos mais tarde entre 1940 e 1946, viria a desempenhar o cargo de Presidente da Câmara Municipal de Portimão.
Consulte aqui este curioso documento: Congresso Nacional do Turismo
O seu primeiro proprietário Rodolfo Torres, nele desenvolveu no final do séc. XIX, actividades ligada à indústria conserveira e à estiva de peixe, bem como à preparação de rolhas de cortiça, situação que acabaria por conferir ao imóvel desde a sua origem, uma vocação e um destino fabril, a qual seria igualmente prosseguida e ampliada com os novos proprietários, pertencentes à família Feu, antes da sua transformação no Museu de Portimão, inaugurado em 2008.
O artigo intitulado “Um melhoramento” com direito a fotografia, referia a grande importância para a cidade dessa iniciativa, levada a cabo pela “Empresa Orquesta Semifúsica”, salientando a comodidade das instalações, a segurança e a qualidade do sistema de projeção e som. De acordo com o articulista, três coisas se notavam a partir desta primeira sessão :”Já não há fumadores na sala e há intervalos, a geral não se manifesta clamorosamente como em tempos idos”.
A planta de um dos seus cercos a vapor o “Portugal 9”, desenhada pelo seu litógrafo Humberto Martins, mostra-nos os detalhes de como era constituída a estrutura desse tipo de embarcações, tão decisivas na pesca da sardinha para as suas fábricas de conservas.
O Centro de Documentação e Arquivo Histórico é um serviço público do Município de Portimão, integrado no Museu desta cidade, que tem por missão salvaguardar, organizar e difundir a informação que permita a apreensão global e cronológica das temáticas históricas e realidades político-económicas, sociais e culturais do Município de Portimão e do Algarve.
Consulte aqui o Catalogo online
Futebol Europeu em Portimão
Jornal “Comércio de Portimão”
Publicações locais
Convidamos-vos a consultar o nosso Catálogo Online em onde poderão encontrar um importante conjunto de registos sobre este e outros acontecimentos.
Praia da Rocha
Viva o 25 de ABRIL!
Valiosa carga, valiosos carregadores
Luz elétrica
Antes da chegada da luz elétrica, as ruas da então Vila Nova de Portimão, eram percorridas e iluminadas por candeeiros de acetileno alimentados a carbonato de cálcio, enquanto nas casas se acendiam candeias de azeite, velas, candeeiros a petróleo, gasómetros e lanternas.
Licença de isqueiro
Vejamos como (segundo ela), se deu o seu envolvimento com semelhante documento:
“Naquele tempo, em que eram raríssimas as mulheres com direito de voto - uma rapariga a fumar era afirmação de independência. Porém, um espírito livre num país enclausurado tinha os seus escolhos e os seus custos. À saída de uma sessão de cinema no Tivoli, em plena Av. da Liberdade (que ironia!) fui apanhada por um fiscal (que abundavam) sem licença de isqueiro. Para resgatar o dito isqueiro (era bonito e fora um presente), além de pagar uma multa, tive de adquirir a famigerada licença, que existia para proteger e financiar a indústria fosforeira”.
Carreiras
Esperava-se naturalmente mais um movimentado e bem frequentado verão balnear e, a pouco e pouco, as saudosas carrinhas veriam o seu espaço de manobra e negócio ser progressivamente ocupado até ao seu desaparecimento, tal como a própria empresa de camionagem, comprada no final dos anos 90 pela Frota Azul.
Um passeio pela Praia da Rocha
Depois de ter encerrado as suas portas, foi requalificado como unidade hoteleira.
Pastelaria Almeida – o lado doce de Portimão
Mas seriam duas mulheres, Celeste Machado e Maria Almeida Dias, que se destacariam à frente deste espaço, numa inspirada, apreciada e saborosa arte de bem fazer, uma doçaria regional e conventual onde o figo, mas sobretudo a amêndoa e os fios de ovos, seriam os produtos essenciais.
Carnaval
Sismo de 26 de Fevereiro de 1969
Levamos até si algumas fotos que, certamente, estarão ainda na memória de muitos que viveram este acontecimento.
Convidamos-vos a consultar o nosso Catálogo Online em onde poderão encontrar um importante conjunto de registos sobre este e outros acontecimentos.
De Hotel Sansão a Pensão Central
Portimonense defronta Esquadra Inglesa?
Infelizmente não conseguimos descobrir qual terá sido o resultado final desse jogo.
Mercado de fruta e hortaliça de Vila Nova de Portimão
E conforme deliberado na reunião da Comissão Municipal, de 11 de maio de 1914, é decidido proceder à inauguração do Mercado de "Frutas e Hortaliças" e igualmente do Matadouro Municipal , para o dia 24 desse mês.
1ª representação teatral da Sabina Freire
Na foto, tirada na noite da estreia por Júlio Bernardo, pode-se ver em cena, da esquerda para a direita, Milton de Brito, Rolando Tavares, António Jorge, António da Silva e Ana Rosa, uma das filhas de M. Teixeira Gomes. Ao fundo em segundo plano Carlos Jorge e Maria Fernanda Correia no papel de Sabina Freire.
Congresso Nacional de Turismo
Da fábrica de conservas à fábrica de histórias
Como se pode observar na planta de 1936, para além da própria área destinada ao fabrico das conservas ou “Secção do Cheio”, junto ao rio Arade ,existia do outro lado da rua a chamada “Secção do Vazio”, onde se situava a litografia para a impressão e fabrico das latas em folha-de-flandres e todas as outras oficinas de apoio como serralharia, carpintaria, fundição e central elétrica.
A inauguração do Cine-Teatro de Portimão
Estes tempos idos referem-se naturalmente aos momentos vividos no antigo “Barracão do Provisório”, como era designado o antigo cinema que, desde 1909, existia praça Visconde Bivar, entre o rio e o edifício da Viscondessa de Alvor, sendo posteriormente demolido para dar lugar às obras do aterro, daquela zona da cidade.
Portimão, cobre-se de neve?
Do desenho para o estaleiro, do estaleiro para o mar
Centro Documentação e Arquivo Histórico